"Eu estou aqui para confundir, e não para explicar!" (Chacrinha)

sábado, 24 de março de 2012

03 - BANDA UÓ - GANG DO ELETRO - GABY AMARANTOS

Banda Uó

Gang do Eletro

Gaby Amarantos


Das Minas Gerais de Fernando Mendes vamos agora ainda mais para o centro do Brasil, para a Goiás de Odair José, mas para conhecer a excêntrica e divertida BANDA UÓ. Inspirada pelo Eletrobrega (também chamado tecnobrega), pelo pop/rock e pelo kitsch, esse grupo de Goiânia mostrou a que veio pela web, virou sensação na Internet e ganhou o prêmio VMB MTV de melhor web-clip,  desbancando a favorita Oração, da Banda Mais Bonita da Cidade, de Curitiba, que foi um fenômeno na Internet.



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Tudo começou com um vídeo feito para uma festa, e a partir daí, a fama e a criatividade da banda só aumentaram. Vamos então ver esse primeiro vídeo. O nome da música é NÃO QUERO SABER, uma versão de Teenage Dream, de Katy Perry. Deleitem-se...


Banda Uó



Com referência ao The Cure, este vídeo já não conta com a graciosa vocalista loira, mas entra em cena a estonteante morena Kandy Mel, uma transexual carismática, de 20 anos, que abala as estruturas. Mais uma afronta ao preconceito dominante. Aliás, carisma é o que não falta à BANDA UÓ. Na verdade, Mel já estava no segundo clip da banda, Shake de Amor. Vamos então ver e ouvir a banda de Kandy Mel, Mateus Carrilho (que faz a direção e edição do vídeo) e Davi Sabbag ( que responde pelo trilha e pela edição de áudio). O GOSTO AMARGO DO PERFUME...



Banda Uó




O terceiro vídeo é o já comentado vencedor do VMB/MTV:  SHAKE DE AMOR, também dirigido por Mateus Carrilho. A produção é de Rodrigo Gorky e Pedro D'Eyrot, do bonde do Rolê, banda de Curitiba. Outra banda que também explora os ritmos da periferia (e que também aparecerão por aqui). É uma versão bem-humorada de Whip My Hair, de Willow Smith. A música é uma brincadeira com a apresentadora Luciana Gimenez, que teve um filho com o cantor Mick Jaeger,e com os shakes de emagrecimento que ela divulga em seu programa. 




Banda Uó




E a BANDA UÓ foi então ver uma banda de eletrobrega "de raíz" in loco, ou seja, no Pará. Vamos então embarcar em Goiânia com destino a Belém, a Meca do Eletrobrega, para conhecer a GANG DO ELETRO. Energia pura!!



Gang do Eletro



E para finalizar esta postagem com um grand finale, vou convidar a rainha do Eletrobrega, a maravilhosa GABY AMARANTOS, com a música XIRLEY. Dizem as péssimas línguas que ela é a Beyoncé do Brasil. Maldade pura! Gaby é muito, muito mais que aquela gringa sem sal. No quesito simpatia então, ela é simplesmente a cantora mais simpática do Brasil. Salve simpatia!! Salve a majestosa Gaby Amarantos!!



Gaby Amarantos

 
 
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"Apesar de vir do rock e da eletrônica, somos da geração axé, dançamos muito È o Tchan na infância. Gostamos de toda a bagaceira da música brasileira de periferia. Queremos romper com essa besteira do preconceito"

                Mateus Carrilho, da banda Uó, na revista Época de 24/10/11.



Postado em 24 de março de 2012. 
 
 
 
 
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quarta-feira, 21 de março de 2012

02 - FERNANDO MENDES - CAETANO VELOSO


Fernando Mendes e Chacrinha

Caetano Veloso




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Pra começar, a primeira canção só poderia ser CADEIRA DE RODAS, de 1975, uma música de valor sentimental muito grande pra mim, do grande Fernando Mendes, "o príncipe da música brega brasileira". O Rei, todo mundo sabe quem é...
Pra mim, a genuína música brega brasileira foi aquela produzida na década de 70. A década de ouro da música brega. Por muitos também conhecida como "música romântica". Os maiores clássicos do cancioneiro brega nacional é dessa época.
Prestem atenção na interpretação sincera do príncipe:


Fernando Mendes



"No final de 1972 entrava no cenário musical o cantor mineiro Fernando Mendes.
A DESCONHECIDA, gravada recentemente pelo cantor Leonardo, foi a canção que projetou o cantor em todo território nacional. Lançada em compacto simples, subiu rapidamente às paradas de sucesso, e com força total! 
Sua primeira apresentação na TV foi no programa do Chacrinha, e a partir daí o jovem Fernando Mendes não parou mais; seguiu a carreira musical interpretando suas próprias canções, que fazem sucesso não só no Brasil, mas em muitos países do mundo!"



Fernando Mendes


Em 1976 Fernando Mendes lança novo disco e um novo sucesso: SORTE TEM QUEM ACREDITA NELA. Reparem na semelhança com as músicas do rei, que, aliás, fez escola:



Fernando Mendes




E para os chics de plantão uma música que é impossível negar que conhecem, já que foi gravada anos depois por um bambambã lá de cima. Portanto, não precisam ficar com vergonha de dizer que conhecem: VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER, de 1979:




Fernando Mendes


E para finalizar a seleção de hoje, um cantor de fina estampa, para agradar os "ouvidos refinados"; aliás, esse cara já entendeu há muito tempo que a música brega é biscoito fino, e, para calafrio de muita gente, já gravou de Roberto Carlos a Odair José. Com vocês, Caetano Veloso e VOCÊ NÃO ME ENSINOU A TE ESQUECER, gravada para o filme "Lisbela e o Prisioneiro", de 2003, com direção de Guel Arraes: 






 
Caetano Veloso

 
 
 
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FRASES:

"Muita gente me acusa de falta de critérios quando defendo esse ou aquele tipo de música, de defender o vale-tudo. Mas o que eu busco é complexificar os critérios críticos. Era essa complexidade que eu buscava em todas as vezes que provoquei o bom gosto dominante, de Vicente Celestino ao Tapinha" (C. Veloso). (*) 

"Mais do que um projeto musical, é um projeto de vida quebrar, à minha maneira, a estrutura social e econômica do Brasil. Gravar esses compositores sempre foi para mim uma forma de gritar contra o apartheid social brasileiro" (C. Veloso). (*)  

"O encontro dos dois compositores, de igual para igual, parece traduzir o ideal estético do tropicalista Caetano Veloso, que tornou respeitável ao público culto artistas antes desprezados como Vicente Celestino, Odair José, Peninha, o funk "Um tapinha não dói" e até Roberto Carlos" (Hugo Sukman) (*)

(*) FRASES EXTRAÍDAS DO JORNAL O GLOBO DE 29 DE JUNHO DE 2003



 
 
Postado em 20 de março de 2012.
 
 
 
 
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01 - CAFONAS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!!

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Foto by Pierre et Gillet


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Neste blog, estarei postando principalmente vídeos de músicas conhecidas como bregas, cafonas, ou  consideradas (injustamente) de mau-gosto. E também outras que dialogam com esses temas. Não estou aqui para explicar, mas para confundir. Brega, cafona, kitsch, camp, trash, é questão de olhar, e cada um tem o seu. Pretendo não julgar o que é ou não cafona, e sim explorar os limites entre bom-gosto e mau-gosto, entre brega e chic, entre erudito e popular. Portanto, não se sintam ofendidos se virem aqui citados seus artistas preferidos.  Artistas da "aristocracia" da música brasileira (ou mesmo mundial), irão conviver aqui pacificamente com os "populares". De certo mesmo só sei de uma coisa: preconceito é muito cafona!! (mas no mal sentido, porque pra mim cafona é elogio).